Banco Central do Brasil liga stablecoins à evasão fiscal e lavagem de dinheiro

Por 10/02/2025
10/02/2025


Banco Central do Brasil Declara que Volumes de Stablecoin Estão Ligados à Evasão Fiscal e Lavagem de Dinheiro

Gabriel Galipolo, o recém-nomeado Presidente do Banco Central do Brasil, divulgou a visão da instituição sobre o enorme crescimento do uso de criptomoedas e stablecoins no país.

Galipolo afirmou que, de acordo com dados analisados, mais de 90% do uso de criptomoedas correspondia a stablecoins, tokens atrelados ao valor do dólar dos EUA. A princípio, o banco atribuiu esse fenômeno à facilidade de estabelecer uma carteira de criptomoedas e manter dólares para a população. “Assumimos que provavelmente era uma maneira mais fácil de ter uma conta em dólares,” afirmou.

No entanto, essa posição mudou, à medida que a organização discutiu se stablecoins eram usadas como ferramenta de investimento ou para concluir pagamentos transfronteiriços. Ele explicou que os volumes de stablecoins estavam sendo usados para pagamentos ligados a fins ilícitos:

A maioria é para comprar coisas do exterior… geralmente coisas que as pessoas estão comprando, e essa é a parte ruim, e elas estão usando porque mantém algum tipo de visão opaca para a tributação ou para a lavagem de dinheiro.

Galipolo também criticou a busca pela privacidade de alguns cidadãos, afirmando que geralmente estava ligada a atividades ilícitas. Valor Econômico citou Galipolo afirmando que a maioria dos cidadãos que buscam privacidade está fazendo isso “provavelmente porque as pessoas estão comprando coisas e não querem declarar o que estão comprando porque querem evitar algum tipo de tributação.”

A visão de Galipolo oferece uma visão sobre a postura futura do banco em relação à regulamentação das stablecoins. Em dezembro, o banco propôs regras correlacionando o tratamento das stablecoins e a moeda estrangeira, podendo proibir a posse privada de stablecoins no Brasil.

As regras, se finalmente aprovadas, também limitariam as atividades dos brasileiros no setor de finanças descentralizadas (defi), já que muitas plataformas exigem a gestão privada desses fundos.

 

Fonte: Cointelegraph

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