O conceito de uma Reserva Estratégica de Bitcoin não é completamente novo, mas vem ganhado atenção renovada devido ao aumento do uso institucional da criptomoeda e às incertezas relacionadas à economia global.
Analistas afirmam que o Bitcoin pode funcionar como uma espécie de “ouro digital”, oferecendo um hedge contra inflação e instabilidade econômica.
Alguns argumentam que a adoção de Bitcoin como reserva estratégica poderia fortalecer o papel dos EUA como líder no setor de tecnologia financeira, enquanto outros alertam para os riscos associados à volatilidade do ativo.
A previsão de Georvich acontece em um momento em que vários países já exploram o uso de criptomoedas em suas economias. El Salvador, por exemplo, adotou o Bitcoin como moeda de curso legal em 2021, atraindo atenção global.
Caso os EUA sigam nessa direção, como prometido por Donald Trump, o impacto pode ser amplificado pela influência econômica e política do país.
Países adotando Bitcoin
Alguns países começaram a explorar ou adotar oficialmente o Bitcoin, sendo o caso mais emblemático o de El Salvador, que atualmente possui mais de 6 mil bitcoins em suas reservas.
Embora El Salvador seja um dos pioneiros, o Japão é conhecido por ser o primeiro país a adotar regulamentações claras para o uso de criptomoedas. Em 2017, o governo japonês reconheceu oficialmente o Bitcoin como uma forma de pagamento, criando um ambiente favorável para corretoras de criptomoedas operarem no país.
Outro exemplo importante é a Suíça, que, embora não tenha adotado o Bitcoin como moeda oficial, se tornou um dos maiores centros globais para criptomoedas e blockchain.
A cidade de Zug, chamada de “Crypto Valley”, é um polo de inovação no setor. O ambiente regulatório suíço favorece o uso de criptomoedas, e empresas podem até pagar impostos em Bitcoin em algumas localidades.
Isso atraiu muitas startups e investidores, tornando a Suíça um modelo de integração das criptomoedas com o sistema financeiro tradicional.
Além desses exemplos, a República Centro-Africana (RCA) também fez história ao adotar o Bitcoin como moeda legal em abril de 2022, se tornando o segundo país a tomar essa decisão após El Salvador.
Tal medida foi uma tentativa de modernizar a economia de um país com grandes problemas financeiros, onde o uso de criptomoedas pode proporcionar maior inclusão financeira e facilitar transações internacionais.
Países como Brasil, Rússia, Polônia e Japão também estão discutindo ou demonstrado interesse na adoção do Bitcoin, seja por meio de projetos de leis, declarações oficiais ou debates entre autoridades.
Tais exemplos mostram que a adoção do Bitcoin por países não se limita a apenas uma teoria de entusiastas ou moda passageira, mas envolve um possível início de uma corrida mais ampla pelo ouro digital.