Projeto de universitários brasileiros ganha R$ 50 mil em hacktahon global da Solana

Por 15/05/2024
15/05/2024


Conectar por meio de blockchain produtores de energia elétrica e estações de abastecimento para atender um mercado que tende a explodir nos pŕoximos anos: os carros elétricos no Brasil. Foi com uma aplicação que busca atender essa demanda que um grupo de cinco alunos do Inteli (Instituto de Tecnologia e Liderança), faculdade de São Paulo, foi premiado em um hackathon global da Solana. 

O grupo de alunos — Henrique Marlon, Emanuele Morais, Paulo Evangelista, Matheus Santos e Marcelo Feitoza — se conheceu pelo fato de todos serem membros do Clube de Blockchain, iniciativa de estudos da faculdade. A competição Solana Renaissace Hackathon atraiu mais de 8.300 projetos desenvolvidos por estudantes de 95 países e os brasileiros foram premiados na categoria universitária com uma bolsa de US$ 10 mil em USDC. 

A ideia do projeto, batizado de DeVolt, partiu de iniciativa de Emanuele Morais, que cursa Engenharia de Computação, por conta de um estágio de verão que estava fazendo em um banco. “Eu estava atuando em um projeto para o mercado livre de energia. Então, olhava essas duas coisas: energia e blockchain. Surgiu a ideia de fazer algo relacionado com a tokenização de energia”, afirma ela em conversa com o Portal do Bitcoin.

A estudante ainda lembra que um fator que potencializou o projeto é o fato de tramitar no Congresso o Projeto de Lei 414/2021, que propõe a abertura total do mercado livre de energia no Brasil. 

“De um lado, você tem pessoas que, por exemplo, tem uma placa solar em casa e não tem o que fazer com o excedente de energia que produz. Por outro lado, tem pessoas podendo ganhar dinheiro com esse excedente ao vender para donos de carros elétricos”, afirma a estudante.

Morais levou a ideia ao grupo de colegas, que começou a desenvolver o conceito mais profundamente e desenvolver os códigos para criar de fato a aplicação para rodar na blockchain Solana. 

Blockchain dá granularidade e confiança

Sobre a escolha da tecnologia blockchain, Henrique Marlon, estudante do curso de Engenharia da Computação (tanto ele quanto Emanuele têm bolsa integral, mais custos de moradia e alimentação custeados pela faculdade), afirma que a dinâmica da rede criada junto com o Bitcoin é um facilitador.

“Blockchain é uma tecnologia que retira intermediários, aumentando a eficiência e diminuindo as taxas. É um balcão, onde os produtores de energia conseguem ofertar a energia deles tokenizada para compradores de energia”, diz Marlon.

O argumento do grupo é que um grande obstáculo para o crescimento do setor atualmente é a falta de confiança de que uma pessoa possa fazer uma longa viagem de carro elétrico sem medo de ficar sem opções de abastecimento.

“A ideia é que, levando isso para um mercado onde a oferta e a demanda se fazem presente de uma forma eficiente, a gente consiga ter estações dispostas até mesmo em remotos. Um fornecedor que esteja no meio da BR 101 irá receber mais por abastecimento do que um que esteja no centro de São Paulo e nisso entra o desenho de tokenomics do algoritmo que fizemos”, explica Marlon.

Nesse cenário, nasce a possibilidade de uma granularidade na qual um dono de posto de abastecimento pode se conectar com um produtor de energia por meio de um sistema que não exige uma entidade confiável (princípio base da blockchain, quem em inglês se traduz para trustless) sem ter que passar por agências governamentais ou grandes empresas.

Por fim, a blockchain ainda cumpre uma função de registro eterno e imutável do gasto computacional gerado pelos dispositivos físicos que fazem parte dessa rede. 

“Basicamente eu provo a computação do meu dispositivo, provo que realmente está sendo cobrado X aqui na minha estação, a taxa de consumo da minha estação é Y, a carteira do dono da estação é Z, entre outros metadados. Consigo provar tudo isso e enviar e registrar na blockchain.”

 

Fonte: portaldobitcoin

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