O ano de 2024 foi desafiador para o mercado de criptomoedas, repleto de eventos inesperados que ajudaram a popularizar ainda mais o setor. Desde a aprovação do ETF à vista de Bitcoin pela SEC até o rompimento histórico da marca de US$ 100 mil do Bitcoin, o mercado cripto viu inovações tecnológicas e mudanças regulatórias que impactaram profundamente investidores e entusiastas. A condenação de Sam Bankman-Fried no caso FTX e o halving do Bitcoin foram outros marcos importantes que influenciaram o comportamento do mercado.
Relembre os principais eventos que marcaram o mercado de criptomoedas em 2024.
No início do ano, em janeiro de 2024, a Securities and Exchange Commission (SEC) dos aprovou o primeiro ETF à vista de Bitcoin. Esta decisão histórica permitiu que investidores tivessem acesso ao Bitcoin através de um fundo negociado em bolsa, sem a necessidade de possuir a criptomoeda diretamente.
No primeiro mês, os ETFs de Bitcoin arrecadaram aproximadamente US$ 1,2 bilhão, destacando o enorme interesse institucional. O ETF com maior destaque foi o IBIT da BlackRock, que atraiu a maioria dos investimentos. Este movimento impulsionou o preço do Bitcoin, que começou o ano em torno de US$ 40 mil e ultrapassou a marca dos US$ 73 mil em poucas semanas.
O halving do Bitcoin, ocorrido em abril de 2024, foi um evento amplamente aguardado pela comunidade cripto. O halving reduz pela metade a recompensa dos mineradores. Assim, diminuindo a oferta de novos Bitcoins no mercado para 3,125 BTC a cada bloco minerado. A expectativa pelo halving foi alta, com muitos investidores antecipando um aumento no preço da criptomoeda.
De fato, ao contrário dos ciclos anteriores, após o halving o Bitcoin não entrou em uma tendência forte de alta. Outros eventos macroeconômicos, como a aprovação dos ETFs e a pré-campanha eleitoral à presidência dos EUA, por exemplo, afetaram a dinâmica do ativo.
O preço do BTC entrou em fase de acumulação, permanecendo em lateralização durante 6 meses. Voltando, assim, a subir apenas em outubro após as eleições dos EUA.
Durante esse período, os mineradores sofreram com a baixa atividade da rede e registraram uma queda significativa nos lucros.
Ainda no primeiro trimestre de 2024, a rede Ethereum implementou a tão esperada atualização “Dencun”. A principal mudança trazida pela atualização foi a redução dos custos de transação em 99%. Tornando, assim, o Ethereum ainda mais atraente para desenvolvedores e usuários de aplicativos descentralizados (dApps).
A atualização também melhorou a escalabilidade da rede, permitindo mais transações por segundo. Além disso, a atualização Dencun introduziu o EIP-4844. Também conhecido como proto-danksharding, ele permitiu o armazenamento temporário de dados para rollups.
Em setembro de 2024, a Coinbase lançou o cbBTC, uma versão tokenizada do Bitcoin projetada para facilitar operações DeFi na sua camada 2, Base, e em outras redes EVM.
A introdução do cbBTC foi parte de uma estratégia maior da Coinbase para expandir o uso do Bitcoin no ecossistema DeFi, oferecendo funcionalidades adicionais aos seus usuários. Com o cbBTC, os usuários podem usar seus Bitcoins como garantia em plataformas DeFi, como Aave, Compound, Morpho e Spark.
Essa iniciativa foi vista como uma alternativa ao Wrapped Bitcoin (WBTC), que estava enfrentando escrutínio devido a mudanças em sua estrutura de governança e ao envolvimento de Justin Sun, fundador da Tron. A Coinbase argumentou que a decisão de deslistar o WBTC foi motivada por preocupações com a confiabilidade do controle do WBTC.
Assim, a deslistagem do WBTC gerou consequências jurídicas para a Coinbase. A BiT Global, uma das principais custodiantes do WBTC, processou a exchange alegando que a decisão prejudicou o mercado de WBTC.
Em novembro de 2024, a eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos trouxe um impacto significativo para o mercado de criptomoedas. Suas promessas de criar uma reserva em Bitcoin e reduzir regulamentações sobre criptomoedas geraram otimismo entre investidores e entusiastas do setor.
O mercado reagiu positivamente, com o preço do Bitcoin e de outras criptomoedas subindo consideravelmente após o anúncio dos resultados eleitorais. A expectativa é que a administração Trump adote políticas favoráveis ao crescimento e à adoção das criptomoedas, impulsionando ainda mais o mercado.
Durante o período eleitoral e pré-eleitoral de 2024, as memecoins PolitiFi ganharam destaque significativo. Tokens como MAGA e TRUMP, inspirados no ex-presidente Donald Trump, experimentaram um crescimento substancial no volume de negociação e no valor de mercado. Em junho de 2024, o token TRUMP atingiu um valor de mercado de US$ 775 milhões. Esses tokens se beneficiaram do clima eleitoral, atraindo especuladores e investidores interessados em capitalizar a atenção em torno das figuras políticas.
Enquanto isso, a plataforma preditiva Polymarket teve um papel crucial durante as eleições de 2024. Além de funcionar como um local de apostas, a Polymarket foi amplamente utilizada como um termômetro para medir a preferência dos eleitores e projetar o possível vencedor.
A precisão das previsões da plataforma atraiu a atenção de analistas e investidores do mainstream, consolidando sua reputação como uma ferramenta valiosa. Portanto, o sucesso da Polymarket destacou o potencial das plataformas baseadas em blockchain para fornecer insights valiosos e confiáveis em tempo real.
Os maiores prêmios entregues pela Polymarket para quem apostou na vitória de Donald Trump foram impressionantes. A maior conta de apostas pró-Trump na Polymarket, conhecida como “Theo4”, obteve mais de US$ 20,4 milhões de lucro. Outro usuário misterioso, conhecido como “Fredi9999”, lucrou mais de US$ 15,6 milhões, enquanto um terceiro, “zxgngl”, obteve mais de US$ 11 milhões2. No total, os cinco maiores apostadores de Trump poderiam ganhar um lucro combinado de US$ 81 milhões.
Por fim, o Bitcoin pegou tração em dezembro e superou os US$ 100 mil. A alta foi impulsionada pelo resultado eleitoral dos EUA e levou a principal criptomoeda a estabelecer um novo recorde (ATH).
A eleição de Donald Trump para o segundo mandato como presidente dos EUA, trouxe otimismo ao mercado cripto. Assim, o anúncio dos resultados eleitorais gerou um aumento significativo na demanda por Bitcoin, impulsionando seu preço para novas máximas. No dia 16 de dezembro, o Bitcoin estabeleceu seu novo ATH em US$ 108.353. O feito solidificou a posição do Bitcoin como o “ouro digital” e trouxe uma euforia renovada ao mercado.
Além disso, especialistas estão confiantes de que o preço do Bitcoin em 2025 seguirá em alta e atingirá novos recordes. Alguns analistas preveem que o Bitcoin poderá alcançar até US$ 150 mil, impulsionado por uma maior adoção institucional e avanços regulatórios. Outros, mais cautelosos, sugerem que o preço poderá oscilar entre US$ 100 mil e US$ 120 mil.
Independentemente das previsões, a trajetória do Bitcoin continuará a ser acompanhada de perto por investidores e entusiastas, ansiosos para ver até onde a principal criptomoeda pode chegar.
À medida que nos aproximamos de 2025, as expectativas para o mercado de criptomoedas permanecem otimistas, embora com uma dose de cautela. A adoção institucional deverá continuar crescendo, impulsionada pelas inovações tecnológicas e pela maior aceitação regulatória. O lançamento de novos produtos financeiros, como ETFs e o avanço da tokenização, promete oferecer aos investidores mais opções e maior acesso ao mercado cripto. Além disso, o ecossistema DeFi na rede Bitcoin deve ganhar espaço com atualização de redes e o lançamento de novos protocolos.
Assim, se a ‘história rimar’ os entusiastas das criptomoedas podem aguardar um 2025 repleto de novidades, com novos ETFs cripto sendo lançados, maior clareza regulatória e, quem sabe, um Verão DeFi 2.0 impulsionado pelo BTCFi.
Em suma, 2025 promete ser um ano de crescimento e transformação para o ecossistema cripto, com oportunidades significativas e desafios a serem superados.
Fonte: cryptonews.com
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