Exchanges Chilenas buscam regulamentações claras para as criptomoedas depois de bancos fecharem suas contas

Por 28/03/2018
28/03/2018


Duas exchanges de criptomoedas, a BUDA e a Cripto MKT, que operam no Chile e alguns outros países da América Latina, pediram recentemente a Associação chilena de bancos (ABIF) esclarecer sua posição sobre as criptomoedas e o comércio de criptomoedas depois que as contas corporativas das empresas foram fechadas por alguns bancos chilenos, relatou a fonte de notícias PULSO em 25 de março.

Em uma declaração pública, a BUDA e a Crypto MKT pedem à ABIF que forneça uma posição transparente sobre as criptomoedas, alegando que os bancos estão fechando as suas contas seguindo as instruções de "não abrir conta para ninguém que tenha relação com criptomoedas".

No comunicado, as duas empresas acusaram as instituições financeiras de “falta de conhecimento” de como a tecnologia funciona. A declaração conjunta afirma:

“Devido à falta de conhecimento e clareza, alguns bancos, por medo, falta de informação, ou até mesmo estratégia fraca, estão negando ou não oferecendo serviços às pessoas que estão no mercado de criptomoedas.”

A ABIF recentemente respondeu à declaração reivindicando que não é responsável por resolver o problema entre os bancos e as exchanges de criptomoedas, afirmando que é uma "competência exclusiva de cada instituição" e que o problema "deve ser tratado e resolvido no contexto do relacionamento individual de cada banco com seus clientes."

Conforme relatado por El Mercurio, o CEO do Scotiabank Chile, Francisco Sardón, disse que as ações dos bancos não foram exclusivas para as empresas de criptomoedas e refletiam uma política bancária mais ampla. De acordo com Sardón, se qualquer entidade com uma conta não fornecer uma explicação sobre a origem de sua renda, ou se a explicação não for clara ou não atender às expectativas das políticas de conformidade do banco, o banco pode fechar essa conta.

Pablo Chávez, CEO da BUDA, comentou que a indústria deveria ser regulamentada e não proibida devido à falta de conhecimento sobre a tecnologia:

"É o uso da tecnologia que deve ser regulado. Proibi-lo sem primeiro entender a tecnologia e suas implicações é muito ruim e parece mais com o que a China e a Venezuela fizeram em relação a esses assuntos”.

A BUDA e a Crypto MKT enfatizaram que as plataformas ainda estão operando porque têm outra conta bancária ainda ativa. As duas exchanges notam que estão registradas e em conformidade com a Unidade de Análise Financeira (UAF) do Chile e com a Força- Tarefa de Ação Financeira (FATF), além de atender às normas de combate à lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo.

Problema semelhante está acontecendo com uma exchange de criptomoedas finlandesa, que pode ser fechada porque todos os bancos do país se recusam a fazer negócios com as exchanges de criptomoedas. A Finlândia não tem um conjunto claro de leis sobre as criptomoedas e muitos bancos finlandeses decidiram evitá-las completamente por medo de violar as leis contra lavagem de dinheiro.

Fonte: cointelegraph


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